O Histórico do Desenvolvimento da Ergonomia no Brasil: Contribuições das Instituiçoes de Ensino Superior no Período (1968-1975)
Por Erivelton de Laat (Autor), Fernando Goncalves Amaral (Autor), Rafael Ruteski (Autor), Gibran Leitner (Autor).
Em VIII Congresso Brasileiro de História da Educação Física, Esporte, Lazer e Dança - CHELEF
Resumo
A ergonomia como ciência trata da interação entre os homens e a tecnologia, integrando o conhecimento proveniente das ciências humanas para adaptar tarefas, sistemas, produtos e ambientes às habilidades e limitações físicas e mentais das pessoas. Para o
desenvolvimento da ergonomia no Brasil foram necessárias as contribuições de cinco vertentes nas diferentes instituições de ensino brasileiras. A primeira pela Escola
Politécnica da USP através do curso de Engenharia de Produção em 1968. A segunda
vertente constituiu-se a partir do trabalho de Itiro Iida em sua tese de doutoramento pela
USP na COPPE/UFRJ ministrando aulas no curso de Engenharia de Produção. A terceira
passa pela Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro com a inserção da
disciplina de ergonomia como obrigatória para a especialização em programação visual em 1971. Já os professores Rozestraten e Stephaneck vindos da Europa implantam na USP de Ribeirão Preto uma linha de Psicologia Ergonômica com ênfase na percepção visual e com aplicação no estudo do trânsito. A última e decisiva contribuição foi com a vinda do professor canadense Alain Wisner em 1974 para a orientação dos primeiros trabalhos de ergonomia da Fundação Getúlio Vargas e levando para o Canadá alguns brasileiros que buscavam uma formação especifica na pesquisa ergonômica. E foi a Fundação Getúlio Vargas responsável pelo marco fundamental na história da ergonomia brasileira com a implantação do primeiro curso de especialização em Ergonomia no Brasil em 1975. As contribuições do período de 1968 a 1975 foram decisivas para o progresso da ergonomia brasileira até os dias de hoje.