O Ideal de Branqueamento e a Fertilidade da Cultura Corporal na Construção de Práticas Antirracistas

Parte de Corporeidades e Processos Formativos Contundências e Resistências em Defesa da Vida e da Escola . páginas 241

Resumo

As políticas conhecidas como ideal de branqueamento pretendiam incentivar a imigração de cidadãos europeus com a intenção de tornar a população brasileira branca, devido ao suposto atraso dos sujeitos pretos e da suposta degenerescência do pardo. A perspectiva de clareamento, junto com os estigmas imputados aos negros, acabou por regular seus corpos em um processo de alienação identitária e do pertencimento étnico-racial negro. A Educação Física inicia o seu percurso epistemológico no Brasil no final do século XIX, e desde então vem sendo empregada como ferramenta de controle e aproximação com princípios de pureza racial e pelo viés da aptidão física. A partir da década de 1980, surgiram outras possibilidades de diálogos desta prática pedagógica com o escolar. Pelo viés da cultura corporal é possível, no movimento de trazer à tona outros saberes, laborar pela emancipação do corpo negro, dialogando com outros sujeitos e outras visões de mundo. Este artigo é o desdobramento do meu trabalho de conclusão de curso da especialização em Educação Física Escolar. Neste, procurei ampliar as discussões em torno do ideal de branqueamento, discutir alguns processos que contribuíram para construção das corporeidades negras brasileiras e narrar experiências educativas que têm sido parte de meu processo formativo

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