Resumo

A proporção de idosos na população mundial tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, devido aos avanços científicos e tecnológicos que afetam a condição de vida das pessoas, propiciando a longevidade humana. Também na terceira idade, os indivíduos passam por mudanças físicas, psicológicas e principalmente sociais. A principal característica social do ser humano idoso é o seu papel de aposentado, que gera um esteriótipo representado por situações de discriminação e marginalização para com as pessoas que envelhecem. Desta forma constata-se que a terceira idade tende a ser uma fase de vida negativa. Neste período o idoso nega geralmente seu movimento, que seria a própria auto-expresão. Baseando-se nestas constatações, este estudo procurou investigar a percepção que os idosos aposentados têm sobre seu movimento e como as mudanças no decorrer da vida de trabalho influem nesta percepção. Foram entrevistados 54 sujeitos idosos aposentados, pertencentes e não a grupos de convivência, para identificar se a experiência de movimento influencia a qualidade de vida do ser humano. Os dados coletados permitem concluir que o idoso aposentado é consciente do próprio movimento e de sua significância. Os idosos percebem o significado deste movimento relacionando-o às suas experiências de vida, tais como trabalho, convivência social, família. Os idosos com melhor percepção de movimento possuem uma maior satisfação de vida, enquanto que os que participam menos de atividade de movimento são (quase sempre) insatisfeitos, mesmo desejando mudar. Os idosos evidenciaram uma sabedoria decorrente de sua de sua experiência de vida e, mesmo com influências sociais negativas, demonstraram valorizar seu movimento.

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