O Impacto da Atividade Física Sistematizada nos Parâmetros da Aptidão Física Relacionada à Saúde em Escolares de 8 a 11 Anos
Por Marcelo José Resende Gonçalves (Autor), Camila Ramos Santos (Autor), Carla Cristiane Silva (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 24, n 1, 2019.
Resumo
O objetivo deste estudo foi verificar se existe impacto de um programa adicional de atividades esportivas (GSA) às aulas de Educação Física (EF) escolar sobre parâmetros da aptidão física relacionada à saúde de crianças. Estudo quase-experimental que envolveu 73 crianças, de 8 a 11 anos de idade, de ambos os sexos. A intervenção ocorreu durante quatro semanas, com duas sessões semanais de treinamento ou aula, com duração de 50 a 60 minutos por sessão. As crianças foram alocadas em dois grupos: grupo que realizou as aulas de Educação Física (GPE, n = 39) exclusivamente; e grupo de atividades esportivas (GSA, n = 34). As atividades esportivas incluíram jogos pré-desportivos, incluindo passes, recepção, arremessos, dribles e corridas. A aptidão física foi investigada pelo Fitnessgram nos momentos pré e pós-intervenção. As Equações de Estimativa Generalizadas foram utilizadas para comparar os testes de aptidão física entre os momentos pré e pós (intragrupos), e o impacto da intervenção foi verificado pela análise intergrupos. Os resultados intragrupo revelaram que o GSA obteve uma melhora significativa em todos os testes de aptidão física (p < 0,01), além da redução da gordura relativa e no IMC (p < 0,05). No entanto, o GPE demonstrou piora no teste abdominal (p = 0,019) e aumento na gordura relativa (p = 0,001). Na análise intergrupos, houve diferenças significativas no IMC e no teste de resistência aeróbia, com superioridade no GSA (p = 0,030). Conclui-se que o programa com atividades esportivas foi efetivo na melhora dos níveis de aptidão física, enquanto que as aulas de EF não foram suficientes de forma isolada para garantir melhora na aptidão física relacionada à saúde.
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