O impacto da dança sobre o risco de quedas em idosos: Uma revisão sistemática
Por Rafael dos Santos Souza (Autor), Aline Nogueira Haas (Autor), Clara Faria Trigo (Autor), Daniel Dominguez Ferraz (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência e Movimento v. 30, n 2, 2022.
Resumo
Uma das maiores preocupações associada ao envelhecimento populacional, que já é uma realidade mundial, é o risco de quedas. As quedas apresentam origem multifatorial, comprometem a capacidade funcional e qualidade de vida do idoso. No Brasil, as quedas constituem a sexta causa de óbito em pessoas com mais de 65 anos de idade. Conseguir inserir um programa de exercício físico na rotina do idoso é uma forma de manter um bom equilíbrio postural e marcha, diminuindo assim o risco de quedas. A dança é uma modalidade de exercício físico que tem sido recomendada como alternativa de prevenção, possui bom potencial para promover benefícios relacionados à mobilidade e equilíbrio em idosos. Esta revisão teve como objetivo reunir os impactos da dança sobre o risco de quedas em idosos. Para tanto, foram selecionados estudos publicados no período de setembro de 2021 a novembro de 2021 nas bases de dados eletrônicas MEDLINE, LILACS, PEDro e Cochrane Library. Apenas artigos do tipo ensaio clinico randomizados a partir do ano de 2015 foram considerados para esta revisão. Após a análise do título, do resumo e do texto na íntegra, sete artigos foram incluídos na revisão. Nos estudos analisados, observou-se que a dança é uma prática que promove benefícios tanto musculoesqueléticos como biológicos, podendo prevenir quedas, melhorar a mobilidade e o equilíbrio corporal, levando o idoso a uma melhor qualidade de vida. Contudo, estudos futuros ainda são necessários para investigar o efeito de maior conformidade usando métodos rigorosos, utilização de outras modalidades de dança, um número maior de participantes e por um tempo maior de intervenção.