O Incentivo Paterno à Prática Esportiva
Por Mabelle Maia Mota (Autor), Fabiana Rodrigues de Sousa (Autor), Ana Patrícia da Silva (Autor), Elainny Barros (Autor), Silvana Freitas de Oliveira (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
A atividade física é um dos primeiros meios onde à criança inicia seus contatos
sociais e começa a consolidar sua independência, possibilitando então, um
físico e mental. A infância é uma fase onde ela sente a necessidade de
movimentar-se permanentemente. A motivação da criança pelo esporte deve
ser estimulada por pais e educadores esportivos, no entanto, sem perturbar sua
escolha nem provocar competições, ou seja, a prática esportiva deve ocorrer
por vontade própria. Ao pai cabe incentivar e nunca obrigar, nem mesmo por
uma experimentação. O objetivo do estudo é verificar a influência dos pais na
escolha da prática esportiva de seus filhos, ou seja, se a decisão pelo esporte e
pela modalidade é feita pela criança ou pelos seus pais. Além disso, gostaríamos
de analisar os motivos pelos quais os pais incentivam a prática esportiva dos
seus filhos. A pesquisa é de natureza descritiva exploratória e foi realizada em
duas escolas, uma academia e uma sociedade esportiva de Fortaleza (Ceará),
no período de 16 a 20 de janeiro de 2006. A amostra foi constituída de pais de
23 crianças entre 7 e 15 anos de idade, sendo 2 do sexo feminino, que cursava
da alfabetização a 2a série do Ensino Médio e que praticavam futsal e/ou
futebol no horário extra-classe de 2 a 3 vezes por semana. Utilizamos como
instrumento de coleta de dados um questionário. Esse consta de perguntas
objetivas de múltipla escolha e questões abertas.Verificamos que os pais, em
sua grande maioria, não interferem na escolha do esporte do filho e que
geralmente a criança e/ou adolescente gosta daquela atividade e por isso resolve
praticá-la de forma regular. Em outros casos, com uma pequena diferença, ela
ingressa no esporte através do pai, porque este acredita no benefício do esporte
para a qualidade de vida do filho. A falta de tempo e uma possível conciliação
do horário de trabalho dos pais com os horários livres do filho não foram
justificativas apontadas pelos pais como relevantes para o ingresso do filho no
esporte, e nem mesmo, qualquer problema físico e/ou psíquico. A influência
pela prática esportiva familiar, no entanto, é relevante, pois na maioria dos
casos, grande parte dos familiares pratica alguma atividade física regularmente,
o que, de certa forma, cria um hábito ou costume da criança a presença do
esporte no seu dia-a-dia. A crença de que o futsal e/ou futebol de campo
possa se tornar o futuro profissional do filho foi evidenciada de forma
significativa nos questionários.