Resumo

A termografia infravermelha (TI) tem sido uma técnica empregada para avaliar a temperatura da pele (TP), especialmente durante a pandemia do COVID-19. Contudo, existem indicações que o tecido adiposo subcutâneo pode agir como uma camada isolante, alterando o comportamento da TP, o que pode dificultar a interpretação da normalidade térmica. Tendo em vista que o índice de massa corporal (IMC) é considerado um importante preditor de obesidade, o objetivo deste estudo foi verificar se a TP sofre interferência de diferentes classificações de IMC em adolescentes. Foram selecionados 4 participantes de maneira intencional, todos com 16 anos, cada um foi classificado em uma diferente faixa de IMC para população de adolescentes segundo a classificação proposta pela Organização Mundial de Saúde para essa idade: baixo peso, peso normal, sobrepeso e obesidade. Foram feitos quatro termogramas, avaliados no software ThermoHuman®, que avalia 82 regiões corporais de interesse (RCI), que foram integradas em 6 regiões corporais. Utilizando os indivíduos com peso normal como referência, foi encontrada uma redução progressiva na TP comparada aos participantes com sobrepeso e obesidade, com ênfase para a região anterior de tronco (3.04% e 6.69% menores, respectivamente), e um aumento na TP de todas as regiões corporais comparadas ao sujeito com baixo peso. Isso indica que o IMC pode influenciar nos valores da TP em adolescentes e deve ser levado em consideração para uma avaliação correta da normalidade térmica.

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