Resumo

Este trabalho abordará o eixo Inventário no Corpo do método Bailarino-Pesquisador-Intérprete (BPI), com foco nos desdobramentos que viabilizam à pessoa em processo entrar em contato com a colonialidade no corpo. No processo criativo proposto pelo BPI, o Inventário no Corpo apresenta como premissa o contato da(o) bailarina(o) com sua cultura velada. Nas práticas desta etapa do processo, tal investigação se dá através do corpo em movimento, do reavivamento das próprias memórias, e também através do contato com dados oferecidos por familiares. Neste percurso são deflagradas, entre outros aspectos, práticas corporais situadas em contextos subalternizados que foram invisibilizadas pelos processos históricos e estruturais sob os quais a família foi submetida. Entendendo a colonialidade como uma força que atua sob diferentes eixos da vida da pessoa, pretende-se focar no corpo que dança. O presente trabalho traz como objetivo evidenciar de que maneiras o acesso a saberes invisibilizados na própria história propiciam um movimento de tomada de consciência por parte da(o) bailarina(o) no que diz respeito aos processos da colonialidade.

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