Resumo

O presente estudo teve como objetivo contextualizar e analisar o jogo como atividade humana, tendo em vista a implementação de uma estratégia de intervenção pedagógica orientada para criança deficiente mental no âmbito da Educação Física. Ele se justifica pela preocupação com a questão do ensino e o desenvolvimento de crianças deficientes mentais, com intuito de lhes possibilitar viver experiências motoras, cognitivas, sociais, afetivas e culturais que o jogo pode proporcionar, além de fornecer sugestões de variações e adaptações de jogos aos profissionais de Educação Física. O projeto foi realizado no Programa de Atendimento à Pessoa Portadora de Deficiência, da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Uberlândia. Para atingir o objetivo proposto, os procedimentos consistiram basicamente na aplicação de jogos e circuitos em vinte e dois encontros, contando entrevistas com a família, anamnese e aulas, com um grupo de cinco crianças portadoras de Síndrome de Down, com idades entre nove e onze anos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, cujo procedimento para coleta de dados foi a observação participante, registrada através de fotografias, filmagens e anotações em diário de campo. As obras que nortearam este estudo possibilitaram refletir criticamente sobre a prática concretizada e as questões referentes às pessoas deficientes mentais. Os resultados demonstraram que o jogo, como estratégia de intervenção pedagógica, pode contribuir para o desenvolvimento dessas pessoas e representar um importante recurso para a reflexão e a prática dos profissionais que atuam na área de Educação Física adaptada.

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