Sobre
Fim de uma vida. Começo de uma revolução. O livro O jogo das ruas: movimento de atletas contra o racismo é sobre um mundo em ebulição. Manifestantes, sejam eles negros ou brancos, homens, mulheres e crianças, saíram de suas casas, enfrentaram de peito aberto a Covid-19 e marcharam pelas ruas ao redor do planeta. O motivo da revolta: a morte de um homem afro-estadunidense pelas mãos da polícia. O que deveria, na visão das autoridades, ser mais um caso de um homem negro morto, para muitos, no entanto, era o sinal de basta. O corpo sem vida de George Floyd estendido na calçada e em plena luz do dia havia se tornado o símbolo de uma revolução. O esporte não poderia ficar de fora dessa batalha. Atletas, das mais diversas categorias e nacionalidades, entraram de corpo e alma na luta pela causa negra. Além de caminharem lado a lado com as multidões, muitos deles promoveram iniciativas de combate à discriminação racial que impactaram ativistas, torcedores, dirigentes, o ramo da publicidade e até mesmo a eleição presidencial estadunidense de 2020. Mais do que nunca, a bandeira antirracista tremulava com força e surgia um movimento de atletas contra o racismo nas quadras e arenas esportivas ao redor do mundo, incluindo o Brasil. A obra, dessa maneira, tem como finalidades estudar o caso George Floyd e os protestos que ocorreram depois de sua morte nos EUA e em outras regiões do planeta, analisar as iniciativas promovidas pelos atletas e o movimento de combate ao racismo que surgiu dentro do esporte e, por fim, analisar o contexto político-social do Brasil, demonstrando como os jogadores brasileiros se posicionaram diante desse levante antirracista que emergia pelo globo.