O jogo e as atividades circenses

Parte de jogando com o Circo . páginas 21 - 24

Resumo

Pelos pontos levantados acreditamos que o jogo como estratégia metodológica para o ensino da arte circense se faz adequado. As atividades circenses, como parte das práticas motoras expressivas, envolvem criatividade, expressividade e também um repertório motor que certamente pode ser aprimorado por meio da própria prática Contudo, nossa grande contribuição será na educação motora e em sua relação com a educação artística e estética, num diálogo entre a técnica e a estética, mediados por uma condição ímpar: o jogo (a ludicidade). A inclusão destas práticas nos espaços educativos, formais ou informais, é recente se compararmos com outros conteúdos próprios da Educação Física (mais tradicionais), e talvez seja esta característica e a busca pela inovação pedagógica nos conteúdos, que venham motivando o exponencial crescimento das experiências pedagógicas, cujos relatos mostram resultados extremamente promissores (CHIQUETTO E FERREIRA, 2008; COSTA, TIAEN, SAMBUGARI, 2008; VENDRUSCOLO, 2009; TAKAMORI et al 2010). Ao analisar estas experiências notamos que, em geral, buscam facilitar o acesso a algumas das modalidades circenses (INVERNO, 2004), especialmente aquelas mais acessíveis ao espaço escolar, como o malabarismo ou as acrobacias de solo (BORTOLETO e MACHADO, 2003). Contudo, raramente dão conta de oferecer aos alunos uma visão ampla e condizente com a variedade das modalidades que compõem o universo circense. Além disso, poucos foram os relatos da elaboração de situações lúdicas (jogos) como meio facilitador deste contato com as artes do circo e, quando existiam, vinham sempre acompanhados de comentários que reforçam sua importância.