Editora Annablume. Brasil 2013. 212 páginas.

Sobre

A inclusão do lazer como um direito social na Constituição de 1988 é frequentemente reconhecida como um marco importante. E é justamente a história dessa inflexão, totalmente ignorada até agora, o que Flávia aborda em seu livro. Trata-se de uma rica contribuição para o início da superação de um hiato imperdoável. Pois se estudos sobre as interfaces do lazer com a política são já uma tendência consolidada na literatura anglo-saxã dos leisure studies, no Brasil, estudos desse tipo são ainda poucos e, não raro, limitadíssimos. Mais do que apenas avançar as fronteiras temáticas para o estudo do lazer no Brasil, Flávia o faz de maneira competente e original. Através de uma ampla pesquisa histórica, que analisou uma expressiva quantidade de documentos, até agora totalmente inexplorados por estudiosos do lazer, a quem nunca ocorrera perguntar-se como e porque parlamentares brasileiros elegeram o lazer como assunto político relevante, Flávia nos revela os motivos e as maneira pelas quais se incluiu o lazer na Constituição de 1988