Resumo

A partir da pesquisa sobre os lazeres de jovens em Ouro Preto, este artigo apresenta reflexões sobre o papel da memória social, a interseccionalidade de raça e classe social, as políticas públicas de lazer em cidades turísticas e o lazer como um direito social, buscando identificar em que medida as práticas de lazer podem ser protagonistas de empoderamento para os sujeitos atravessados pelos marcadores sociais da diferença, em um bairro periférico, de uma cidade patrimônio mundial. Utilizando a pesquisa-ação como metodologia, desenvolveu-se um dia festivo e cultural como mecanismo de promoção do lazer e reapropriação do espaço público que sempre foi “palco” para a expressão da cultura local e da interação social no entorno dos marcos iconográficos localizados no bairro. Por fim, compreendeu-se que essa festividade proposta como um momento de celebração, de pertencimento e de reafirmação da identidade local resgatou parte da memória coletiva que estava apagada e foi capaz de contribuir para reacender a chama do processo de transformação pessoal e social da comunidade.

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