Resumo

A participação da família no contexto da inclusão social é reconhecida como fundamental por especialistas e por vários serviços de saúde mental. A difícil tarefa de cuidar do membro com Transtorno Mental Severo, muitas vezes, representa sobrecarga e mudanças na rotina e no lazer familiar. Estudos evidenciam que o lazer é uma importante ferramenta para o funcionamento familiar e para a estabilidade afetiva da família. Este estudo tem por objetivo analisar o nível de percepção de liberdade no lazer dos familiares de usuários dos Centros de Convivência do Município de Belo Horizonte. A amostra do estudo foi constituída por 145 familiares de usuários com transtorno mental severo de quatro Centros de Convivência. A metodologia utilizada foi a realização de uma revisão da literatura sobre lazer familiar e um estudo exploratório de caráter quantitativo do nível de liberdade no lazer de familiares de usuários com transtorno mental severo do serviço de saúde mental Centros de Convivência. A revisão da literatura apontou o lazer como um importante recurso para estimular a coesão e a adaptabilidade das famílias com esta característica. Os resultados do estudo exploratório apontaram um nível moderado de percepção de liberdade no lazer (3,9 ± 0,4) dos familiares dos quatro Centros de Convivência. Identificou-se associação entre maior grau de escolaridade e melhor percepção no nível de liberdade na amostra, bem como evidenciou-se diferenças significativas na percepção de Necessidade e de Controle no lazer entre os familiares de diferentes regionais

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