Resumo

O presente artigo de revisão tem como objetivo apreender as contribuições teóricas de Paul Lafargue, notadamente a partir do seu memorável texto O Direito à Preguiça, para se pensar o fenômeno do lazer e suas possibilidades de formação da individualidade humana livre e universal. Lafargue com seu manuscrito publicado em 1881, já procurava apontar a necessidade de se considerar as determinações ontológicas para se pensar uma vida plena de sentido. A partir de tal pressuposto teórico e metodológico, busca-se abordar o tema do lazer e a luta pela formação dos indivíduos em sua forma mais plena, livre e universal, mesmo que ainda submetidos às relações sociais alienantes e alienadoras da sociedade capitalista.

Referências

ALVES, G. Trabalho, subjetividade e lazer: estranhamento, fetichismo e reificação no capitalismo global. In: PADILHA, V. (Org.). Dialética do lazer. São Paulo: Cortez, 2006, p. 19-49.

ANTUNES, R. Adeus ao trabalho? Ensaios e metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2007.

________. Os sentidos do trabalho: ensaios sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 1999.

CHAUI, M. Introdução. In: LAFARGUE, P. O direito à preguiça. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 2000.

DUARTE, N. Luta de classes, educação e revolução. In: SAVIANI, D.; DUARTE, N. (Org.). Pedagogia histórico-crítica e luta de classes na educação escolar. Campinas: Autores Associados, 2012, p. 149-166.

________. Educação Escolar, teoria do cotidiano e a escola de Vigotski. 4. ed. Campinas: Autores Associados, 2007.

________. A individualidade para-si. Contribuição a uma teoria histórico-social da formação do indivíduo. Campinas: Autores Associados, 1993.

ENGELS, F. Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem. In: ANTUNES, R. (Org.). A dialética do trabalho. São Paulo: Expressão Popular, 2004, p. 11-28.

Acessar