Resumo

Esta pesquisa objetivou compreender o papel do lazer no contexto hospitalar tendo como referência a realidade dos sujeitos internados. A metodologia combinou pesquisa bibliográfica com pesquisa de campo, sendo esta realizada em unidades de internação de três hospitais de Belo Horizonte: um hospital público, um particular e um de ensino. Na pesquisa de campo os dados foram coletados por meio de observações e entrevistas semi-estruturadas com 30 voluntários, compreendendo sujeitos internados, acompanhantes e profissionais de saúde. Os dados foram analisados qualitativamente através da análise iterativa. Os resultados evidenciaram que a “abordagem funcionalista do lazer” não é um desdobramento da teoria funcionalista e não é pertinente ao contexto estudado, não tendo implicações no desenvolvimento do lazer em hospitais. A rotina da internação e as relações estabelecidas pelos internados com os sujeitos do hospital interferem na saúde e no lazer dos mesmos. Vários entendimentos e manifestações de lazer foram identificados. Constatou-se que o lazer pode contribuir como um recurso para recuperação, tratamento e enfrentamento da internação, podendo melhorar a condição de saúde dos sujeitos internados. 

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