Resumo

O presente artigo apresenta perspectivas do torcer após as reformas e/ou (re)construções de estádios para a Copa Mundo de 2014 a partir de três eixos analíticos em três estádios: o impacto econômico no Mineirão/MG; o impacto social dada a (re)apropriação do espaço pelos torcedores no Maracanã/RJ; e o impacto sociocultural do turismo na Neo Química Arena/SP. O objetivo é de elucidar e refletir como as mudanças estruturais para os megaeventos esportivos afetaram nas formas de torcer e nos novos usos desses equipamentos. Após análises empíricas realizadas com o auxílio de métodos qualitativos e quantitativos, foi possível atestar que o saldo dos legados dos estádios transformados foi, em sua maioria, negativo: processo de gentrificação; sensação de não pertencimento do espaço totalmente modificado; mudança da compreensão de torcedor para consumidor; o empobrecimento da ambiência do lugar. Diante disso, denota-se a necessidade de refletir o estádio como espaço de diversidade econômica e sociocultural que retome maior centralidade na formação identitária do torcedor.

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