Resumo

Brasil e mundo vivem momentos repletos de ambivalências. O ritmo é tão frenético que quase não temos condições de entender o que acontece. Mundo afora (e adentro), saltamos de cenários progressistas a conservadores num rápido virar de página. Bandeiras tremulam defendendo causas radicalmente díspares. E a economia vai, na saúde e na doença, eclipsando a cultura, quando não solapando-a, o que não impede que aqui e acolá aconteçam surpresas provenientes de uma gama de micropolíticas.

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman escreveu em um de seus livros que “Alguns dos habitantes do mundo estão em movimento; para os demais, é o mundo que se recusa a ficar parado” [1]. O tecnológico compete com o artesanal, assim como o privado concorre com o público (ou tenta subjugá-lo, levando a uma série de reações e contrarreações). Se construir uma visão minimamente integral do que ocorre está mais para a utopia que para a mais reduzida possibilidade, a verdade vem sendo claramente ultrapassada pela versão. Ou versões. E há muitas, normalmente conflitantes.

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