O Nível de Atividade Física em Espaços Públicos Abertos Varia de Acordo com Renda do Local?
Por Alfredo Leopoldo Enrique Messenger (Autor), Marcelo Dutra Della Justina (Autor), Ana Carolina Belther Santos (Autor), Gabriel Claudino Budal Arins (Autor), Cassiano Ricardo Rech (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 24, n 1, 2019.
Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar a associação entre atividade física do usuário nos espa-
ços públicos abertos (EPA) e a renda do local em Florianópolis , SC.. Foi realizada uma observação
sistemática através do System for Observing Play and Recreation in Communities (SOPARC) em
nove EPAs, sendo quatro de baixa, três de média renda e dois alta renda. A associação entre a inten-
sidade observada e renda dos EPAs foi analisada pelo teste qui quadrado no software Stata 13., com
significância de p < 0,05. Ao todo, foram 576 períodos de observações, divididos em quatro dias da
semana, quatro horários distintos e com quatro avaliações por horário, em cada local. Foram 19.712
observações de área alvo, nas quais foram observados 59354 usuários. No geral, 66,0% dos usuários
estavam realizando atividade física moderada vigorosa AFMV. Quando estratificado pela renda do
entorno do local observou-se maior número de usuários em AFMV nos locais de alta renda (50,1%),
quando comparado com aqueles locais de média (19,6%) e baixa renda (30,3%) p < 0,001. Conclui-se
que a renda dos EPAs está associada com a maior utilização para AFMV. Sugere-se que locais de
menor renda possam ter outros atrativos, pois apenas o acesso ao local parecem não ser suficiente para
promover o engajamento em AFMV.