O Nível de Categoria de Ensino Pode Influenciar na Prevalência de Fatores de Risco Cardiovasculares de Professores?
Por Renata Aparecida Rodrigues de Oliveira (Autor), Osvaldo Costa Moreira (Autor), Rômulo José Mota Júnior (Autor), João Carlos Bouzas Marins (Autor).
Em Revista Brasileira de Qualidade de Vida v. 11, n 3, 2019.
Resumo
OBJETIVO: Comparar o risco cardiovascular entre os professores da educação básica (pública e privada) e do ensino superior de Viçosa/MG.
MÉTODOS: Foi realizado um estudo observacional com delineamento transversal. A amostra foi composta de 495 professores (145 da educação superior, 200 da educação básica pública e 150 da educação básica privada). Foram avaliados o índice de massa corporal (IMC), a relação cintura quadril (RCQ), o percentual de gordura corporal (%GC), a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), a glicose, o colesterol total (CT) e os triglicerídeos. O Odds Ratio (OR) foi utilizado para determinar a força de associação entre os fatores de risco de acordo com o grupo de professores.
RESULTADOS: Em relação à prevalência dos fatores de risco cardiovasculares foi encontrado que os professores da educação básica pública obtiveram as maiores porcentagens (diabetes mellitus, obesidade, hipercolesterolemia e hipertensão arterial), exceto para sobrepeso. O sobrepeso apresentou-se maior entre os professores do ensino superior. Ambos os professores da educação básica apresentaram maior risco de obesidade (pública: OR=2,54; p=0,008; privada: OR=2,43; p=0,017) e hipercolesterolemia em professores da escola pública (OR=3,94; p=0,006), em relação aos professores da educação superior.
CONCLUSÕES: Os professores da educação básica pública apresentaram as maiores prevalências dos fatores de risco cardiovasculares. Além disso, indicaram mais riscos de obesidade e hipercolesterolemia em comparação com os do ensino superior.