O papel do afeto em modelos de processo dual e sua importância para a adesão ao exercício: uma revisão da literatura
Por Diogo Teixeira (Autor), Filipe Rodrigues (Autor), Vasco Bastos (Autor).
Resumo
A ascensão das teorias comportamentais baseadas em processos duais reflete uma mudança do paradigma social-cognitivista predominante para um reconhecimento mais considerável de fatores automáticos/implícitos na pesquisa comportamental. A presente revisão narrativa visa fornecer uma definição mais clara de afeto, emoção e humor, seguida por uma apresentação de modelos de teoria de processo dual que consideram o afeto central um aspecto essencial dos processos implícitos e, direta ou indiretamente, dos processos explícitos. Algumas das teorias revisadas neste artigo são a Teoria Afetivo-Reflexiva da Inatividade Física e Exercício (ART), a Teoria da Minimização do Esforço na Atividade Física (TEMPA), o Modelo de Adoção e Manutenção da Atividade Física (PAAM) e o Afeto e a Estrutura de Saúde e Comportamento (AHBF). Este artigo descreve detalhadamente as associações entre determinantes implícitos (por exemplo, afeto, hábito) e explícitos (por exemplo, intenção, traço autorregulatório) e a prática regular de atividade física e exercício. Sugerimos que a falta de reconhecimento de que os processos implícitos sofreram limitou o desenvolvimento e a compreensão de intervenções que visam promover a adoção de comportamento de longo prazo (por exemplo, exercício). Por fim, refletimos brevemente sobre possíveis conexões e sobreposições nesses modelos e com futuras direções e aplicações práticas.