Resumo

Partindo da ideia que o futebol constitui um campo privilegiado de acesso ao estudo da realidade social, este artigo explora o seu papel no fortalecimento de sentimentos ultra nacionalistas e xenófobos na guerra da ex-Jugoslávia. Aborda-se criticamente o actual estado do debate teórico sobre futebol e nacionalismo, analisando a sua relação com a política e conflito no contexto dos Balcãs. Através da análise da utilização do futebol como instrumento de paz e integração de diferentes grupos étnicos em contextos pós-conflito, procura-se mostrar que a eficácia desta abordagem se resume ao futebol amador, pelo que a sua aplicabilidade ao nível das competições profissionais de futebol, especialmente na região dos Balcãs, se torna bastante questionável.

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