O Perfil Antropométrico e Funcional de Jovens Atletas de Patinação Artística, de Um Clube na Cidade de São Paulo

Introdução: As modalidades esportivas seguem um padrão de organização e funcionamento, devendo ser atendidas e respeitadas suas especificidades. A patinação artística (PA) não foge à regra, e observar os componentes corporais e funcionais justificam, principalmente, o padrão de dificuldade que requer a combinação de elementos como graciosidade, força, flexibilidade e o artístico, que exaltam as particularidades da modalidade e de seus praticantes. A PA, enquanto fenômeno esportivo, é composta por elementos básicos que evidenciam sua especificidade, técnica e dificuldade, são eles: livre, figuras, dança e duplas. Objetivo: Caracterizar e avaliar atletas de patinação artística, de um clube na cidade de São Paulo, sob o prisma de variáveis antropométricas e funcionais. Métodos: A coleta foi realizada de acordo com um estudo transversal descritivo. Para o acesso aos dados antropométricos, buscou-se realizar avaliação física/antropométrica e funcional padronizadas, com enfoque às variáveis que elucidam o perfil antropométrico das atletas como: massa corporal, altura, percentuais de massa magra, gordura, além do Índice de Massa Corpórea (IMC). A avaliação funcional (AF) foi composta por avaliação de flexibilidade (executados com o Banco de Wells), força de membros inferiores, superiores e músculos abdominais. Os resultados foram analisados com o software estatístico SPSS 26.0. Resultados: A caracterização da amostra é apresentada na tabela 1. Ao todo foram avaliadas 24 atletas, de patinação artística, com idade de 9 a 18 anos, com modalidades de competição variadas. Destaca-se o Índice de Massa Corporal que, embora apresente valores dentro do esperado, conforme estabelecido pela Organização Mundial de Saúde, considerando sexo e idade, apresentam valores menores do que adolescentes não atletas. Os achados relacionados ao percentual de gordura, também são enquadrados como população saudável. O que saltam aos olhos é o índice de flexibilidade, pois, se comparados com adolescentes não atletas, como apresentado por Lima et al. (2018) os valores aferidos no presente estudo elucidam que as atletas de patinação artística apresentam nível de flexibilidade superior aos apresentados por não atletas, embora seja possível classificar como abaixo da média, seguindo os parâmetros estabelecidos pelo Canadian Standardized Test of Fitness. O período de treinamento atinge às recomendações mínimas preconizadas de prática de AF, conforme proposto pelo American College of Sports Medicine. Conclusões: Os achados permitem concluir que a patinação artística pode ser uma potente ferramenta para auxiliar na preservação de capacidades físicas como a flexibilidade, além ser um aliado importante no combate ao comportamento sedentário que pode acarretar demandas associadas à obesidade infanto-juvenil.

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