Resumo

Os hormônios estradiol (E2) e progesterona (P4) são os principais reguladores do ciclo menstrual (CM). O E2 desempenha um papel essencial na regulação do crescimento muscular e na interação actina-miosina, potencialmente promovendo o aumento da produção de força muscular. Por outro lado, a P4 está associada ao catabolismo muscular, podendo reduzir a produção de força. Portanto, é fundamental investigar como as flutuações desses hormônios durante o ciclo menstrual impactam a produção de força muscular. OBJETIVO: Avaliar o pico de torque máximo em mulheres eumenorréicas experientes em treinamento resistido durante seis fases do ciclo menstrual. MÉTODOS: Participaram deste estudo, 11 mulheres experientes em treinamento resistido, com idade média de 26 ± 3 anos, massa corporal: 70,7 ± 5,4, estatura 168,5 ± 6,4 cm, gordura corporal 27,0 ± 6,2% e duração do ciclo menstrual de 27 ± 3 dias. A produção de força muscular foi avaliada pelo pico de torque máximo (PT) em um teste isocinético em quatro velocidades angulares (60º.s, 120º.s, 240º.s e 300º.s). Em cada fase do CM, foram realizadas 5 repetições de extensão e flexão do joelho, no modo concêntrico/concêntrico, com intervalo de 180s entre as velocidades angulares.  Foi coletado 5 ml de sangue venoso em repouso para analisar as concentrações de E2 e P4 ao longo de 6 fases do ciclo menstrual: folicular inicial (FI), folicular média (FM), folicular final (FF), lútea inicial (LI), lútea média (LM) e lútea final (LF). Os dados são apresentados como média e desvio padrão, tendo sido utilizado o teste de normalidade Shapiro Wilk e uma ANOVA de medidas repetidas (p<0,05) para analisar E2, P4 e pico de torque. RESULTADOS: Não foram observadas diferenças significativas no pico de torque em nenhuma das velocidades angulares avaliadas ao longo das seis fases do ciclo menstrual (60º.s-1 p = 0.213; 120º.s-1 p = 0.586; 240º.s-1 p = 0.824; e 300º.s-1 p = 0.391). CONCLUSÃO: O pico de torque isocinético não foi estatisticamente diferente ao longo das seis fases do ciclo menstrual em mulheres eumenorréicas com experiência no treinamento resistido.

 

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