O poder transformador do esporte: uma análise das políticas públicas ligadas a arena mrv
Por Mardel Vinicius de Faria Cardoso (Autor), Rômulo Meira Reis (Autor), Sílvio de Cassio Costa Telles (Autor).
Resumo
: Políticas públicas podem apoiar o esporte, educação, promoção da saúde, mobilidade urbana, lazer e a prática de atividade física através de projetos específicos, estratégias governamentais, leis de incentivo, por meio de um plano diretor da cidade e até conseguem atingir projetos de infraestrutura esportiva, seja na esfera pública ou privada (Junior & Borin, 2017; Mendes & Azevêdo, 2010). Nesse contexto, novos equipamentos esportivos como arenas multiuso, dentro da estratégia de políticas públicas, podem gerar impactos e benefícios positivos à população como melhoria econômica, mobilidade urbana, novas opções para lazer e aumento de postos de trabalho (diretos e indiretos), gerando consequentemente fomento e crescimento da prática esportiva, empregos e renda (Humphreys & Zhou, 2015), além de efeitos positivos no valor dos imóveis sitiados próximos a arena (Fernandes, 2013; Ahlfeldt & Kavetsos, 2014; Ahlfeldt & Maening, 2010). Por outro lado, podem causar problemas como aumento de ruídos, trânsito e congestionamentos, aumento da violência e criminalidade, aumento dos custos de financiamento e construção, manutenção e operação das arenas ou baixo índice de aproveitamento esportivo (Cardia, 2014; Reis et al., 2021). No Brasil, há um processo similar em andamento, conduzido por políticas públicas, a Arena MRV, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Com isso, a mídia relatou promessas de transformações e geração de benefícios a população.