Resumo

Esta investigação abordou facetas dos desdobramentos psíquicos relativos à dor enquanto fator desencadeante do impedimento/afastamento temporário da prática esportiva, durante o período de tratamento fisioterápico em atletas de alto-rendimento. Sete entrevistas foram realizadas em dois diferentes grupos e, através de uma perspectiva fenomenológica, enfocou-se aquilo que tange ao modo como os próprios atletas percebem sua condição. Nos resultados, categorias representaram pontos comuns que emergiram a partir dos relatos. A adoção de um discurso genérico em terceira pessoa, comum a um dos grupos, revelando certo impedimento em considerar e problematizar a contingência da dor e sua ameaça à meta definida própria ao contexto esportivo de alto-rendimento, concomitantemente à presença de auto-discursos de força, generalização e normatização da experiência vivida, são elementos vistos como potencial foco de atuação profissional em psicologia do esporte levando ao questionamento sobre a relação entre objetividade e posicionamento subjetivo neste processo interventivo.

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