Resumo

O processo de desenvolvimento varia em termos de velocidade, ou seja, cada sujeito pode apresentar atrasos ou avanços, dependendo das restrições orgânicas do sujeito, restrições da tarefa e do ambiente (HAYWOOD, 2004). Logo, os atrasos ou avanços influem diretamente nas habilidades da vida diária como, por exemplo: caminhar, correr, saltar, arremessar, etc. Todos os sujeitos podem apresentar avanços ou atrasos nos níveis de desenvolvimento, o que também se aplica às pessoas com deficiência visual (baixa visão). O foco central deste estudo foi analisar o efeito de uma proposta de estimulação motora em indivíduos de 6 a 12 anos com baixa visão, tendo como amostra 10 crianças de ambos os sexos com baixa visão, com idade média de 9±1,7 anos, que participam dos CAEDVs e AEE das escolas públicas de Maringá. Para a avaliação destas crianças, utilizou-se o prontuário médico e a ficha de matricula das escolas especializadas, e o Teste TGMD2 (ULRICH, 2000). Os alunos foram avaliados no início e ao final de um programa de 32 sessões, construído especialmente para a desejada estimulação. Os resultados foram significativos nas variáveis salto horizontal (p=0,01) e no quicar (p= 0,01), cuja intervenção resultou em melhoras no desempenho geral na ordem de 19,7%. Entretanto, apesar de revelar resultados significativos também no quociente motor gera l(p≤0,04), este se configurou muito pobre para ainda pobre. Assim, dados os indicadores de melhora encontrados, torna-se possível concluir que, com um processo de estimulação regular, pode ser possível suprir necessidades desses sujeitos, bem como promover a sua autonomia. 

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