O Processo de Difusão do Kung Fu no Ocidente: Entre o Sentido de Perda e a Inevitabilidade da Perda do Sentido
Por Fernando Dandoro Castilho Ferreira (Autor), Juliano de Souza (Autor), Wanderley Marchi Júnior (Autor).
Em Motrivivência v. 29, n 51, 2017. Da página 13 a 27
Resumo
Neste artigo, procuramos problematizar aspectos do processo de desenvolvimento do Kung Fu na China e de sua posterior difusão para o Ocidente à luz da teoria sociológica de Norbert Elias. Para cumprir este objetivo, estruturamos o texto em três partes. Na primeira delas, apresentamos alguns elementos da teoria de Elias que são úteis para estudar o Kung Fu. Na segunda parte do artigo, por sua vez, trazemos alguns indícios acerca do processo de difusão do Kung Fu para o Ocidente, tomando como leitura auxiliar a obra “O Mosteiro de Shaolin” de Meir Shahar. Na terceira e última parte do texto, sugerimos que a recepção do Kung Fu no Ocidente engendra um processo social que conjuga elementos da tradição chinesa e da modernidade capitalista, conferindo a essa prática um caráter híbrido e polissêmico.