Resumo


Este trabalho apresenta o processo de uma vivência de lazer de moradores de Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) ou Residências Terapêuticas (RTS) de Belo Horizonte pela perspectiva da Terapia Ocupacional. Justificativa: As RTs são casas inseridas preferencialmente, na comunidade, destinadas a cuidar dos portadores de transtornos mentais, egressos de internações psiquiátricas de longa permanência, que não possuam suporte social e laços familiares e que viabilizem sua inserção social (BRASIL, 2000, art. 1, parágrafo único). O lazer, neste trabalho, é compreendido como um recurso para a reinserção social, pela perspectiva da Terapia Ocupacional, a qual compreende esse fenômeno como uma área de ocupação humana (a ampla variedade de ocupações ou atividades em que um indivíduo pode se engajar são classificadas em categorias chamadas áreas de ocupação). De acordo, com Parham e Fazio (1997), lazer é uma atividade não obrigatória, gerada por motivação intrínseca. Em Estrutura da prática da Terapia Ocupacional: domínio e processo (2008), um documento que orienta a prática da terapia ocupacional, a ocupação humana lazer pode ser compreendida pelas subdivisões: Exploração para o lazer (identificar interesses, habilidades e oportunidades) e/ou Participação no Lazer (planejar e participar de atividades de lazer). Cabe ao profissional terapeuta ocupacional “identificar as demandas de uma atividade e então sintetizar esta informação comparando com as necessidades do cliente e com as habilidades para identificar dificudades de desempenho ocupacional específicas (AOTA, 2008, p. 54). Para que a vivência de lazer que ocorreu em fevereiro de 2012, na Colônia de Férias do Sesc MG em São João da Barra (RJ), com 24 moradores, acontecesse foi feita uma análise de atividade que considerasse as habilidades envolvidas no desempenho e o contexto (tempo de viagem, o tempo médio de internação psiquiátrica de 25 anos dos moradores, entre outros)
 

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