O Profissional de Educação Física e os Cuidados com a ética e Saúde na Sua Intervenção Profissional
Por Clara Maria Silvestre Monteiro de Freitas (Autor), Telma Maria da Silva Lins (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O presente estudo discutiu questões que lidam com o profissional de educação
física sobre a ética e a saúde. Esta investigação buscou a ética enquanto elemento de
importância para o avanço da saúde no esporte de alto rendimento. Neste sentido,
acredita-se que seja papel fundamental do profissional de Educação Física influenciar
de maneira positiva e responsável. Em TORJAL (2004) ser ético é primeiro cuidar de
si para promover uma existência digna depois cuidar dos outros. Coube uma reflexão
sobre a utilização de recursos para a maximização da performance humana onde o
doping, é utilizado e considerado uma prática ilícita, uma vez que a sua administração é
prejudicial a saúde. Objetivando minimizar os efeitos danosos desta prática surgem
projetos educativos que viabilizam formas de orientar segmentos da sociedade. Assim,
cabe ao profissional de educação física assumir uma postura mais ativa e ética no
tocante a relação com a saúde principalmente dos jovens e adolescentes. Pois é
dever ético orientar os alunos sobre os riscos da utilização das drogas. Esta investigação
foi realizada na cidade do Recife - Pernambuco. A metodologia utilizada foi à descritiva
de campo, explorando os aspectos qualitativos e quantitativos. Fizeram parte deste
trabalho vinte e cinco profissionais participantes de um processo de formação. A
análise de conteúdo foi à técnica utilizada para interpretar o fenômeno e o tratamento
dos dados recorreu à estatística descritiva. Os resultados apontaram os índices: sobre
o profissionalismo em educação física 32,0% dos entrevistados realçaram as
categorias competência/honra ao mérito / conhecimento científico/credibilidade.
34,0% indicaram sinceridade/ integridade/dignidade/honestidade. E com o mesmo
índice apareceram as categorias responsabilidade/ dedicação/compromisso. No
tocante ao uso da droga 50,0% consideraram o uso da droga imoral/ilícito /
desonesto/ crime. 25,7% apontaram ser letais/perigoso/prejudicial à saúde, e ainda
28,6% relataram que não combinam com o código de ética. No que diz respeito aos
cuidados básicos com a saúde, 44,8% falaram da melhoria da qualidade de vida/ do
bem-estar e de um programa de atividade física e saúde. E 31,0 % salientaram a
multidisciplinaridade. E por fim 24,0% ressaltaram a inclusão social / busca pela
equidade / respeito. E conclui-se que em termos gerais a competência moral é a
base de todo agir humano responsável, constituindo a competência fundamental de
qualquer profissão.