O quinto jogador na elite do futsal brasileiro: entre a maior chance de finalizar e o perigo do revés
Por Gabriela Parada Oliveira (Autor), João Antônio Volpini de Barros (Autor), João Antônio Volpini de Barros (Autor), João Antônio Volpini de Barros (Autor).
Em Rbff - Revista Brasileira de Futsal e Futebol v. 13, n 56, 2021.
Resumo
O futsal é uma modalidade que vem crescendo cada vez mais, tanto em relação ao nível competitivo das equipes e dos jogadores, quanto no número de praticantes e apoio midiático ao redor do mundo. Fato esse que tem impulsionado pesquisadores e profissionais da área a buscarem um maior entendimento do jogo e de suas variáveis, utilizando-se em larga medida da análise de jogo como ferramenta. Mudanças na regra da modalidade trazem variações no funcionamento do jogo e a alteração referente à atuação do goleiro representou modificações relevantes no futsal. Com isso, o objetivo desse estudo foi analisar a utilização do quinto jogador na elite do futsal brasileiro e identificar sua eficácia. Para isso, foram analisados 14 jogos, através de uma análise sistemática objetiva e não participante, da fase eliminatória da Liga Nacional de Futsal de 2019, totalizando 304 ações com o quinto jogador. A utilização do quinto jogador não se mostrou eficaz, proporcionando um balanço desfavorável de gols às equipes. O linha-goleiro foi mais utilizado que o goleiro-linha (64,5% vs. 35,5%; p<0,001). Também foi mais eficaz em relação à posse de bola (16,8%) e número de finalizações (26,6%) com diferença estatística (p=0,005), porém, trouxe mais prejuízos às equipes (2,6% gols sofridos). A estratégia foi empregada com maior frequência quando as equipes estavam perdendo (65,8%; p<0,001), não se classificando no campeonato (79,6%; p<0,001) e no último período da partida (61,8%; p<0,001).