O racismo e o cargo de treinador de clubes esportivos no mundo: uma revisão sistemática

O racismo e a sub-representatividade de treinadores de minoria étnica racial é um tema muito estudado por diferentes pesquisadores ao redor do mundo. As pesquisas e publicações abordam os mais diversos assuntos, como por exemplo, o impacto de legislações afirmativas de promoção da equidade da representatividade racial (Conricode, 2022; Duru, 2017); acesso e barreiras encontradas pelos treinadores de minoria étnica (Braddock et al., 2012; Cunningham & Singer, 2010); experiências e trajetórias destes treinadores (Bennie et al., 2019; Bozeman & Fay, 2013), e sua rotatividade nos cargos (Cunningham & Sagas, 2004), dentre outros. Os países onde os estudos foram realizados também variam, sendo os EUA, a Inglaterra e o Reino Unido, Austrália, Bélgica, alguns deles. Quanto às modalidades, as mais pesquisadas são o futebol, o futebol americano e o basquetebol. Mas qual o estado da arte deste tema? E no Brasil, quais e quantos estudos existem sobre os treinadores negros exercendo este cargo em equipes esportivas e no futebol? Objetivo: Identificar e analisar o status acadêmico sobre o racismo influenciando treinadores a exercerem este cargo em equipes esportivas do Brasil e do Mundo. Método e análise de dados: Foi utilizado o protocolo PRISMA de revisão sistemática (Moher et al., 2009), tendo como critérios de inclusão artigos publicados em periódicos revisados por pares, dissertações, teses, capítulos de livros e livros em inglês e português que abordam o tema de treinadores negros (ou de minoria étnica) em diferentes modalidades esportivas e países, a partir do ano 2000. Os critérios de exclusão definidos foram a duplicidade de registros e material de mídia e divulgação acadêmica.

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