O RPG no ensino remoto

Por João Pedro Goes Lopes (Autor).

Parte de Escrevivências da educação física cultural - Vol.3 . páginas 131 - 141

Resumo

A experiência aqui relatada aconteceu com as turmas dos 5os anos A e B, em uma das instituições de ensino SESI-SP, no município de Boituva, interior de São Paulo. Na rede em questão existem documentos de orienta-ções didáticas que contêm um formato específico para organização do en-sino. O material é composto por ‘expectativas de ensino e aprendizagem’ e também por unidades didáticas que correspondem aos temas da Educação Física - a seção destinada à primeira etapa do Ensino Fundamental possui a seguinte disposição: unidade 1 - brincadeiras (e jogos); unidade 2 - dança; unidade 3 - esporte; unidade 4 – ginástica e unidade 5 - lutas. Apesar dessas orientações estarem fundamentadas pela perspectiva cultural da Educação Física, principalmente nos primeiros escritos do Grupo de Pesquisas em Edu-cação Física escolar da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (GPEF), temos a responsabilidade de passar por todas as unidades durante o ano, o que exige um plano em torno de dois meses para cada prática corporal.Não há uma ordem específica para os temas, apesar da numeração das unidades, no entanto, em 2020, observando as brincadeiras que as crianças realizavam na entrada e, principalmente, as filas que se formavam em torno dos jogos de mesa disponibilizados durante o intervalo e em outros momentos (pebolim, tênis de mesa, tabuleiros), optei por começar pela primeira unidade, os jogos e brincadeiras. Nas primeiras aulas, pedi para que brincassem e jogassem livremente, enquanto eu passava com uma folha pela quadra anotando aquilo que as crianças faziam. Como não ha-via disponibilizado nenhum material, a maioria das brincadeiras era de corrida, variados tipos de pega-pega, enquanto outras também realizavam jogos em roda - alguns que eu conhecia e outros que elas explicavam.