O sacrossanto versus big data: um olhar sobre a derrota do brasil na copa de 2014
Por Cera Ferrari (Autor), RP Peixoto (Autor), GAM Neto (Autor), RF Santos (Autor).
Resumo
Este ensaio surge a partir de uma conversa informal na tentativa de explicar o que, para nós brasileiros, é inexplicável: A derrota de 7 a 1 do Brasil para a Alemanha em pleno Mineirão. Em nossa concepção “O Sacrossanto versus Big Data” poderia, também, ser intitulado de as crendices versus soluções tecnológicas ou o senso comum versus a ciência, ou ainda, as superstições futebolísticas em contraste com as inteligências aplicadas ao futebol.
Objetivos: Essa reflexão buscou responder a derrota de 7 a 1 do Brasil para a Alemanha. Para isso, empregamos uma via dialética entre as superstições futebolísticas brasileiras e as inteligências aplicadas ao futebol na Alemanha, Big Data.
Métodos: O estudo foi substanciado por meio de dados numéricos e informes que nos possibilitaram analisar, em equivalência, o porquê da vexatória eliminação do Brasil na Copa do Mundo FIFA de 2014 e, sobretudo, o porquê da esmagadora superioridade alemã sob o nosso futebol e suas interfaces.
Resultados: Analisando as informações descritas nesse ensaio, em conjunto com nossas observações durante a Copa do Mundo FIFA de 2014, concluímos que há duas dimensões que poderiam vir a explicar a maior derrota do Brasil em Copas. A primeira aparece na forma como nossos atletas entendem e empregam a superstição ao jogo e suas conexões. A segunda, mas não menos importante, refere-se ao dilema: jogar dentro de casa versus jogar fora de casa para nós brasileiros.
Conclusão: Como última reflexão, nós acreditamos que o ideal seria um equilíbrio entre Big Data e Sacrossanto. Esse alinhamento decorre da configuração do futebol na atualidade. O que de fato queremos explicar é que, apesar de toda objetividade representada pelo Big Data, a imponderabilidade do futebol faz com que os atletas necessitem de algo que desloque para fora de si a responsabilidade inerente à competição. O problema estaria na eterna luta daqueles que sabem e sentem o jogo, não somente no campo, mas, sobretudo, no corpo.