Resumo

O objetivo deste estudo é interpretar o se-movimentar dos alunos de uma escola pública do Rio de Janeiro, localizada em uma área conflagrada pelo tráfico, de forma a compreender as influências da violência daquela área da cidade no cotidiano das aulas de Educação Física. Foram conduzidas uma observação participante e entrevistas semiestruturadas com professoras de Educação Física. Evidências encontradas durante as observações e ratificadas pelas entrevistas apontam que os alunos usam códigos corporais como um processo de reestabelecimento dos sistemas de autoconfiança social. A repetição dos fenômenos de identificação com o agressor, que se manifestavam no grupo masculino, era ressignificada mantendo-se elementos da cultura de violência, mas introduzindo características das atividades de que participavam.

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