O Surfe Como Ferramenta de Desenvolvimento da Inteligência Naturalística: Estudo com Praticantes de Fortaleza-ce.

Introdução: O mundo está cheio de problemas, e para resolvê-los precisamos saber usar nossas inteligências da melhor forma, assim sendo necessário desenvolve-las. Então de que forma o surfe ajuda na solução de problemas relacionados à natureza? Nas últimas décadas houve um grande crescimento do surfe, e para muitos essa expansão parece ser algo irreversível. Sendo ele colocado como uma ótima opção de lazer por ser uma atividade física atraente e desafiadora, o que auxilia na independência de seus praticantes. Outra característica importante a ser observada do surfe é a melhora dos aspectos emocionais e sociais, sendo recomendado por médicos para pacientes com problemas como depressão e autismo. Analisando suas características, se entende por que o surfe não é entendido apenas como um esporte radical, ele é considerado um estilo de vida, onde esta filosofia de vida visa desde o respeito com a natureza até o respeito ao próximo. Para uma pessoa que não surfa, um espectador que não tem tanto conhecimento sobre este esporte, um surfe parece um simples passatempo, mas para aqueles que surfam o surfe é muito mais exotérico, é uma vida de aprendizagem constante. Assim o presente estuda busca estudar o surfe como atividade física capaz de desenvolver uma inteligência não mensurada pelos testes aplicados pela sociedade, a inteligência naturalística, que é uma inteligência da Teoria das Inteligências Múltiplas, que é caracterizada pela sensibilidade para com a natureza, o entendimento e respeito da mesma, e desenvolvimento de habilidades biológicas. Objetivo:  Analisar dimensões do desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas no que diz respeito à inteligência naturalística através da prática regular do surfe. Metodologia: Estudo de caráter qualitativo, com 20 participantes das praias da cidade de Fortaleza-CE, com idade entre 18 e 51 anos, de ambos o sexos, praticantes do surfe, sendo feita uma pergunta semiestruturada, utilizando um gravador de voz e sendo feita transcrições, no qual os nomes dos participantes foram substituídos por nomenclatura por ordem alfabética de P1 a P20. Resultados: As análises das falas indicaram que o surfe interferiu significativamente na sensibilidade dos participantes para com a natureza, o respeito e a capacidade de interpretar o vento, as ondas e a maré, e compreender que toda interferência humana na natureza gera uma resposta da mesma, e que todos estamos conectados com ela. Conclusão: O surfe é uma ferramenta de desenvolvimento de inteligência naturalística destacados pelos relatos dos participantes através de mudanças radicais na sensibilidade até um aprofundamento a ponto de participantes se sentirem parte da natureza, relatando uma grande unidade com todo meio ambiente

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