Resumo
O fenômeno Lutas nos remete a um conjunto de modalidades, cada uma com sua história, filosofia e características específicas. Considerando o Taekwondo e suas características como o objeto deste estudo, observamos suas manifestações como esporte para pessoas com deficiência. Então, o presente estudo desenvolve-se sob as bases de uma pesquisa do tipo qualitativa e teve como objetivos gerais apresentar aos profissionais da área da Educação Física conhecimentos sobre o Para-Taekwondo em nível nacional e internacional e tecer considerações sobre os caminhos que ainda necessitam ser percorridos. Este estudo foi organizado na forma de capítulos-artigos, sendo ao todo três capítulos-artigos e um capítulo final com considerações finais do trabalho. Os capítulos-artigos vinculam com o objetivo central desse estudo, porém, cada um possui seu objetivo e desenvolvimento específico. Dessa forma, buscamos com este trabalho apresentar algumas reflexões a respeito do Para-Taekwondo, que surge como a adaptação do Taekwondo convencional para a participação de pessoas com amputação de membros superior. Utilizamos como metodologia para este estudo a entrevista semi-estruturada, coletando dados junto a dezessete professores de Educação Física, também técnicos de Taekwondo convencional que trabalham com a modalidade no Brasil, que fazem parte do Grupo 1 deste trabalho e também, para o Grupo 2, coletamos dados junto a sete professores/técnicos envolvidos com o Para-Taekwondo no Brasil, Canadá, México, Guatemala e Venezuela. Após a transcrição das entrevistas, as mesmas foram analisadas pela Análise de Enunciação, uma das técnicas da Análise de Conteúdo. Percebemos então, que no panorama do continente Americano, o Para-Taekwondo ainda não está totalmente estruturado e os trabalhos realizados na área estão apenas no começo de seu desenvolvimento. Consideramos que para que seja atingido, de fato, um espaço nos desportos Paralímpicos de alto rendimento, deve haver melhor preparação, tanto de professores, quanto dos ambientes que cercam essa prática, e melhor desenvolvimento da modalidade, pois, antes de pensar em Paralimpíadas é necessário pensar no aumento e na expressão de países e pessoas praticando e trabalhando dentro da modalidade.