O Tracking da Atividade Física: Um Estudo em Adolescentes do Sexo Masculino
Por José Antônio Ribeiro Maia (Autor), Vitor Pires Lopes (Autor), Rui Garganta (Autor), André Seabra (Autor), Gaston Beunen (Autor), Johan de Fevre (Autor), Albrecht L. Claessens (Autor), Roland Denson (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 10, n 4, 2002.
Resumo
Este estudo pretende investigar o tracking da atividade física de adolescentes do sexo masculino recorrendo a um modelo quasi-simplex formulado no seio da modelação de estruturas de covariância. Os dados provêm do estudo de crescimento de Leuven, em que foram seguidos longitudinalmente 588 sujeitos do sexo masculino durante 6 anos. No início do estudo, os sujeitos tinham 12,76 anos de idade média, e no final 17,73 anos. A avaliação da atividade física foi efetuada com recurso de um questionário estruturado e validado. Só consideramos, como indicador da atividade física, o número de horas de prática desportiva formal, independentemente das horas dedicadas à Educação Física. A análise dos dados constou de um modelo quasisimplex de natureza auto-regressiva, permitindo pesquisar diferentes formulações do tracking. Recorreu-se a métodos robustos de estimação de máxima verossimilhança. Verificou-se uma elevada estabilidade da atividade física considerada ano-aano, tracking moderado na adolescência e resultados baixos a moderados na instabilidade intraindividual nas diferenças que ocorrem entre os sujeitos em cada ponto do tempo. PALAVRAS-CHAVE: tracking, estabilidade, atividade física, adolescentes, modelação de estruturas de covariância.