O Treinamento Mental Gera Efeito Positivo na Ansiedade Competitiva de Jovens Nadadores?
Por Leonardo de Sousa Fortes (Autor), Hugo Augusto Alvares da Silva Lira (Autor), Raphaella Christine Ribeiro de Lima (Autor), Sebastião Sousa Almeida (Autor), Maria Elisa Caputo Ferreira (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 18, n 3, 2016. Da página 1 a 9
Resumo
O objetivo da pesquisa foi analisar o efeito do treinamento mental sobre a ansiedade competitiva de jovens nadadores. A amostra foi composta por 35 nadadores com idades entre 15 e 17 anos (M = 15,93; DP = 0,98), divididos aleatoriamente em dois grupos: experimental (GE, n = 17) e controle (GC, n = 18). O estudo teve a duração de 8 semanas. Ambos os grupos fizeram a mesma planificação de treinamento físico/técnico. O GC assistiu a vídeos de propagandas, ao passo que o GE realizou o treinamento mental. O Competitite State Anxiety Inventory (CSAI-2R) foi preenchido pelos atletas antes do início da temporada e na última semana do mesociclo “Polimento”. Os achados revelaram que os escores das subescalas “ansiedade cognitiva” e “ansiedade somática” atenuaram do pré-teste para o pós-teste no GE (p = 0,01) e se mantiveram estáveis no GC (p = 0,15). Os resultados demonstraram que o escore da subescala “autoconfiança” aumentou do pré-teste para o pós-teste no GE (p = 0,01) e se manteve estável no GC (p = 0,26). Foi identificada diferença significante nas subescalas “ansiedade cognitiva” (p = 0,01), “ansiedade somátiva” (p = 0,01) e “autoconfiança” (p = 0,01) entre GE e GC após as 8 semanas. Concluiu-se que o treinamento mental foi eficiente para reduzir a ansiedade (cognitiva e somática) e aumentar a autoconfiança de jovens atletas de natação.