O Treinamento de Salto em Profundidade: Uma Revisão

Este trabalho é um resumo da revisão de literatura do projeto de tese sobre o estudo do treinamento de salto em profundidade (sp), visando o desenvolvimento do salto vertical (sv). O exercício de sp representa um dos tipos de treinamento pliométrico (Chu, 1984; Sardinha, 1982) e tem sido utilizado nos últimos anos com a finalidade de desenvolver a força impulsora dos membros inferiores (Prudêncio, 1983). O sp é caracterizado pelo sv com o prosseguimento à queda do corpo a partir de uma determinada altura. Os pressupostos que fundamentam o emprego do sp envolvem além do reflexo miotático, os processos de inibição dos Corpúsculos de Golgi e das propriedades elásticas (pe) do músculo (Hàkkien, 1984; Viitasalo, 1982; Bosco, 1982; Komi, 1979); Asmussen, 1974; Cavagna, 1974). Estudos transversais (Bosco, 1984 e 1983; Asmussen, 1974) tem demonstrado que diferentes alturas de queda promovem diferentes grau de estiramento. Níveis muito elevados de tensão correspondem a ini-bições muito intensas, obstruindo a atividade das unidades motoras (Bosco, 1986). Por outro lado, níveis baixos de tensão correspondem a um estiramento muscular aquém da melhor capacidade individual com mobilização pouco afetiva das unidades motoras (Clutch, 1983). Entretanto, as pesquisas longitudinais (Oses, 1983; Adams, 1984) demonstraram que o resultado do pós-teste do sv é independente do fator altura e queda. Uma das causas para essa afirmação, pode ser atribuída ao emprego do teste de sv que utiliza quadro de marcação na parede como instrumento de medida, tal como foi utilizado pelos pesquisadores supracitados. Segundo Pereira (1987,1986) este método de medir o resultado do sv não avalia a distância real percorrida pelo centro de gravidade, por sofrer contribuição de uma estratégia do posicionamento do corpo no espaço. Além disso, o sv pode ser analisado pela determinação do índice de potencial elástico (Bosco, 1986). A estas questões, segue-se o fato de que o treinamento das pe possibilita maiores cargas de estiramento (Komi, 1979). O estiramento muscular no sp é uma ação própria da altura de queda e na nossa percepção representa o parâmetro que determina o rendimento no sp, e consequentemente deve ser individualizada.