Resumo

Introdução: As reflexões de Arno Vogel no livro Universo do futebol, são primordiais para entendermos os significados das derrotas e conquistas da seleção brasileira em copas do mundo. A derrota em 1950 e o tricampeonato em 1970 foram sentidas como derrota e vitória de projetos de nação. A seleção gerava sentimentos antagônicos de tragédia e carnaval, de pessimismo e ufanismo. Objetivos: Neste artigo dissertaremos sobre o esmaecimento da equação futebol-nação a partir dos anos 1990. O período das Copas de 1994 a 2002 é primordial, já que a seleção conseguiu um feito inédito de participar de três finais consecutivas, tendo vencido duas e se consagrado pentacampeã do mundo. Outro momento relevante é o mundial de 2014, realizado no brasil, ocasião em que a seleção perdeu de 7 a 1 para a equipe da Alemanha nas semifinais, bem como a Copa de 2018. Metodologia: O corpus da análise é composto por material coletado nos jornais de circulação nacional O Globo e Folha de São Paulo sobre a participação da seleção brasileira masculina de futebol em Copas do Mundo dos jornais. Considerações provisórias: As narrativas jornalísticas já não tratam o futebol como metonímia da nação. As conquistas de 1994 e de 2002 e a derrota na final de 1998, não transcenderam o universo esportivo. A derrota por 7 a 1 para a Alemanha em 2014 gerou memes, que evidenciavam que a identidade nacional não tinha sido afetada. Em 2018, a eliminação para a Bélgica gerou narrativas de ordem técnica.

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