O uso de smartphones altera a percepção de esforço e biomecânica, mas não de parâmetros fisiológicos durante a marcha em esteira: um estudo piloto
Por Ricardo B. Viana (Autor), Cleber L.C. Godoy (Autor), Paulo Gentil (Autor), Douglas A.T Santos (Autor), Mario H. Campos (Autor), Carlos A. Vieira (Autor), Rodrigo L. Vancini (Autor), Marília S. Andrade (Autor), Claudio A.B de Lira (Autor).
Resumo
Introdução: O uso de celulares durante a caminhada altera parâmetros biomecânicos, porém pouco se sabe sobre os ajustes fisiológicos e alterações na percepção subjetiva de esforço. Objetivos: Avaliar a percepção subjetiva de esforço, respostas biomecânicas e fisiológicas de indivíduos adultos durante caminhada em esteira digitando no celular. Métodos: Trinta homens saudáveis realizaram em ordem aleatória cinco minutos de caminhada em esteira enquanto digitavam em um celular (TYP) ou cinco minutos em sessão controle (caminhada sem digitar no celular [CON]). Foram avaliadas a frequência cardíaca, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, percepção subjetiva de esforço, frequência da passada e comprimento da passada. Resultados: A pressão arterial sistólica foi similar após CON e TYP, porém foi maior do que no repouso. Não foi encontrada nenhuma diferença significativa entre a pressão arterial diastólica no repouso, após CON e após TYP. A frequência cardíaca após CON e TYP foi 29,7% e 39,2% maior do que no repouso, respectivamente, porém não foi encontrada diferença significante entre as sessões. A percepção subjetiva de esforço após TYP foi maior do que após CON. O comprimento da passada durante TYP foi menor do que durante CON. A frequência da passada durante TYP foi maior do que durante CON. Conclusão: Cinco minutos da sessão TYP aumentaram a percepção subjetiva de esforço e alteraram parâmetros biomecânicos em homens saudáveis quando comparados a sessão CON. Contudo, os parâmetros fisiológicos mensurados não se alteraram.