Resumo

Introdução: O uso de celulares durante a caminhada altera parâmetros biomecânicos, porém pouco se sabe sobre os ajustes fisiológicos e alterações na percepção subjetiva de esforço. Objetivos: Avaliar a percepção subjetiva de esforço, respostas biomecânicas e fisiológicas de indivíduos adultos durante caminhada em esteira digitando no celular. Métodos: Trinta homens saudáveis realizaram em ordem aleatória cinco minutos de caminhada em esteira enquanto digitavam em um celular (TYP) ou cinco minutos em sessão controle (caminhada sem digitar no celular [CON]). Foram avaliadas a frequência cardíaca, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, percepção subjetiva de esforço, frequência da passada e comprimento da passada. Resultados: A pressão arterial sistólica foi similar após CON e TYP, porém foi maior do que no repouso. Não foi encontrada nenhuma diferença significativa entre a pressão arterial diastólica no repouso, após CON e após TYP. A frequência cardíaca após CON e TYP foi 29,7% e 39,2% maior do que no repouso, respectivamente, porém não foi encontrada diferença significante entre as sessões. A percepção subjetiva de esforço após TYP foi maior do que após CON. O comprimento da passada durante TYP foi menor do que durante CON. A frequência da passada durante TYP foi maior do que durante CON. Conclusão: Cinco minutos da sessão TYP aumentaram a percepção subjetiva de esforço e alteraram parâmetros biomecânicos em homens saudáveis quando comparados a sessão CON. Contudo, os parâmetros fisiológicos mensurados não se alteraram.

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