O Uso dos Parques e Bosques da Cidade de Goiânia Enquanto Espaços Privilegiados das Práticas Corporais Alternativas
Por Débora Andrade da Silva (Autor), Nívea Maria Silva Menezes (Autor).
Em XV Congresso de História do Esporte, Lazer e Educação Física - CHELEF
Resumo
A cidade de Goiânia tem espaços verdes privilegiados com seus bosques e parques. Neste contexto, uma parcela significativa da população vivencia nesses espaços momentos de lazer, bem como a prática de exercícios físicos ao ar livre. Tendo em vista isso, a nossa inquietação é de compreender como se dá a auto-organização das pessoas que participam das aulas de PCA’s (práticas corporais alternativas) e como as mesmas são realizadas nos espaços verdes da cidade. As PCA’s surgiram como um dos movimentos que entraram em contrapartida ao processo de mudança da sociedade desde a década de 1960, tendo a sua “explosão” nos anos 1970, quando a Educação Física esteve voltada para os aspectos competitivos, valorizando o desempenho do corpo. Melo (2009) comenta que também como resultado do processo de urbanização e da Revolução Industrial, a população passou a buscar por opções de lazer dentro e fora da cidade, principalmente fora, onde pudessem se afastar da massa urbana e se aproximar da natureza, uma espécie de “viva o verde” passou a ser “pregado” à sociedade. Neste sentido, a capital goiana tem seus parques bastante requisitados pelos praticantes dessas atividades holísticas, os quais praticam a Yoga, Tai Chi Chuan, Reiki, dentre outras. Para nos aproximarmos desse universo a pesquisa realiza a análise bibliográfica de trabalhos que contenham dados históricos sobre o processo de urbanização e como implicou na vida da sociedade brasileira; o desembarque das PCA’s no Brasil e seu desenvolvimento em nosso território e como isto chega à Goiânia. Até o presente momento já foi realizada revisão de literatura, observação participativa do campo e elaboração do questionário entre os meses de março a junho. A aplicação dos questionários com os sujeitos que frequentam os bosques/parques está prevista para o mês de agosto de 2018. Através de uma análise previamente realizada, os participantes se organizam por meio de divulgação nas redes sociais e se encontram aos domingos pela manhã. Dentre os terapeutas holísticos e responsáveis pelas aulas foram identificados profissionais de diversas áreas profissionais, incluindo (em menor número) a Educação Física. O trabalho avança assim que os questionários forem aplicados e devolvidos para análise e interpretação dos dados.
Referências
GONÇALVES. Cleber. A; MELO, Victor. A. Lazer e urbanização no Brasil: notas de uma história recente (décadas de 1950/1970). Movimento. Porto Alegre, v.15 n.3 P.249-271. Julho/Setembro de 2009.
MATTHIESEN, Sara Quenzer. A Educação Física e as práticas corporais alternativas: a produção científica do curso de graduação em Educação Física da UNESP - Rio Claro de 1987 a 1997. Motriz. Rio Claro, v. 5 n. 2 P. 131. Dezembro de 1999.