Resumo

RESUMO A prática de desporto por pessoas com deficiência tem vindo a desenvolver-se significativamente. Prova disso são os Jogos Paralímpicos, que representam o símbolo máximo do desporto para estas pessoas. Contudo, apesar desta evolução, estas competições parecem não ter uma cobertura relevante por parte dos mass media, parecendo reconhecer-se pouco valor ao atleta paralímpico. Através da análise de conteúdo a um jornal diário português, nos anos de 1996 e 2000, anos dos Jogos Paralímpicos de Atlanta e de Sydney, procurámos perceber qual o valor do atleta com deficiência e se ao longo desses anos existiram alterações nesse valor. A categorização inerente à análise de conteúdo realizou-se a priori e a posteriori, surgindo um sistema categorial constituído pelas categorias (i) nacionalismo, (ii) atleta com deficiência, (iii) prova, (iv) apoio ao atleta e (v) público. A análise de imprensa efectuada revelou um aumento significativo no número de notícias, parecendo demonstrar uma mudança de atitude da sociedade face ao atleta com deficiência. Porém, este não é valorizado sob o ponto de vista estético, mas sim em relação aos resultados obtidos. Na realidade, o resultado e o recorde parecem assumir uma grande importância, podendo afirmar-se que o desporto para pessoas com deficiência se encontra enquadrado na lógica do desporto moderno, esperando-se que o atleta incorpore o homem sem limites. Palavras-chave: atleta com deficiência, Jogos Paralímpicos, imprensa.