Resumo

                Os magnatas da internet servem-se, literalmente, de nossas vidas para alimentar suas fortunas. O que postamos nas redes sociais? Nossas vidas. Contamos tudo, deixamos de ter segredos, desde o que fazemos nos nossos trabalhos, até o que fazemos na intimidade de nossa vida sexual. Crianças se digladiam pela internet, o bullying agora é eletrônico, mas mata do mesmo jeito. A tal inteligência artificial, que, segundo Nicolelis, nem é inteligência e nem é artificial, usa cada palavra, cada conhecimento nosso para fingir que está criando maravilhas, quando apenas cruza e combina dados para atrofiar nossa criatividade. Enquanto magnatas se tornam cada vez mais ricos, a rede de pedofilia ganha aliados e os psicopatas arregimentam um exército de cúmplices. A extrema direita deita e rola na internet ressuscitando Hitler. E bastaria dar um não às redes sociais, deixar de postar o que quer que seja, para levá-los à falência. Mas não, abandonar um vício é tarefa das mais difíceis, não importa se o vício e em heroína ou em redes sociais. Uma vez viciado, só com tratamento para deixar de ser. Mas tratamento para o vício eletrônico ainda está nascendo, por enquanto, longe de dar conta do problema.