Obesidade e Associação de Indicadores Antropométricos com Fatores de Risco em Professores
Por Rômulo José Mota Júnior (Autor), Renata Aparecida Rodrigues de Oliveira (Autor), Mayse Faria Fialho Resende (Autor), Luciana Moreira Lima (Autor), Sylvia do Carmo Castro Franceschini (Autor), João Carlos Bouzas Marins (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 19, n 6, 2017. Da página 1 a 10
Resumo
O objetivo deste trabalho foi verificar a obesidade geral e central, e a associação de indicadores antropométricos com fatores de risco cardiovascular (FRCv) em professores da rede privada de Viçosa-MG. Foi realizado um estudo observacional com delineamento transversal em 150 professores. Foram avaliados índice de massa corporal (IMC), índice de conicidade (IC), índice de adiposidade corporal (IAC), relação cintura quadril (RCQ), relação cintura estatura (RCE), circunferência de cintura (CC), circunferência abdominal(CA), percentual de gordura corporal (%GC); pressão arterial sistólica (PAS); pressão arterial diastólica (PAD); glicemia (GL), colesterol total (CT), lipoproteína de alta densidade (HDL-C), lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) e triglicerídeos (TG). Foi realizado o cálculo das prevalências de obesidade geral e central, além da regressão linear simples para verificar a associação dos indicadores antropométricos entre si e com os FRCv. Obesidade geral e central foi identificado em 19% e 17% dos docentes respectivamente. As melhores associações entre os indicadores antropométricos se deram entre IMC e RCE (R²=0,81), RCE e CA (R²=0,78) e IMC e CA (R²=0,76), sendo todas positivas. Entre indicadores antropométricos e FRCv, as melhores associações encontradas foram entre RCE e TG (R²=0,25), CA e PAS (R²=0,18) e RCQ e HDL (R²=0,19), sendo as duas primeiras associações positivas e a última negativa. Conclui-se que aproximadamente um a cada cinco docentes apresentou obesidade. O indicador de obesidade geral, IMC, associou-se positivamente com os indicadores antropométricos e com a maioria dos FRCv. Contudo, os indicadores de obesidade central apresentaram um maior poder de explicação sobre os FRCv.