Obesidade, Síndrome Metabólica e Atividade Física: Estudo Exploratório Realizado com Adultos de Ambos os Sexos, da Ilha de S. Miguel, Região Autônoma dos Açores, Portugal
Por Rute Santos (Autor), Ana Nunes (Autor), José Carlos Ribeiro (Autor), Paula Santos (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 19, n 4, 2005. Da página 317 a 328
Resumo
O propósito deste estudo exploratório foi observar a prevalência da Síndrome Metabólica e verificar a sua associação ao excesso de peso (IMC > 25 kg/m2) e à inatividade física (menos de 150 min de Atividade Física/semana moderada e/ou vigorosa). Uma amostra de conveniência (68 mulheres e 47 homens), com uma média de idades de 34,6 anos, da ilha de S. Miguel - Açores participou neste estudo. O excesso de peso e a Obesidade foram calculados através do Índice de Massa Corporal. A Atividade Física foi avaliada através do International Physical Activity Questionnaire. A agregação de três ou mais dos seguintes fatores de risco, foi considerada como indicador da Síndrome Metabólica: glicemia em jejum > 110 mg/dl, triglicerídeos > 150 mg/dl, lipoproteínas de alta densidade < 40 mg/dl nos homens e < 50 mg/dl nas mulheres, perímetro da cintura >102 cm nos homens e > 88 cm nas mulheres, tensão arterial > 130 e/ou 85 mm Hg. Os resultados mostram que o excesso de peso e a Obesidade são superiores nos homens em relação às mulheres. Cerca de 2/3 da amostra é insuficientemente ativa. Nos homens, a prevalência da Síndrome Metabólica (17,1%) é significativamente superior à das mulheres (4,4%). Todos os indivíduos da amostra com Síndrome Metabólica têm excesso de peso ou são obesos. Os indivíduos insuficientemente ativos registam uma maior freqüência da Síndrome Metabólica. Os resultados confirmam a necessidade da adoção de estilos de vida ativos e saudáveis como forma de prevenção e de tratamento de primeira linha das Doenças Cardiovasculares, em geral, e da Síndrome Metabólica, em particular. UNITERMOS: Obesidade; Síndrome metabólica; Atividade física; Doenças cardiovasculares