Resumo

O presente estudo relata os problemas e dificuldades percebidas por mães e professores de crianças portadoras de epilepsia, na faixa etária de 7 a 14 anos de idade, que foram atendidas no período de fevereiro a março de 1990, na área de Neurologia, no Ambulatório Regional de Especialidades de um Centro de Saúde de uma cidade de porte médio do Estado de São Paulo. Teve como objetivos: ,1 - Caracterizar problemas e necessidades percebidas por pais e professores de crianças epilépticas em situação de crise convulsiva. 2 - Caracterizar o atendimento que pais e professores vêm dando para atender as necessidades específicas de crianças epilépticas. 3 - Propor alternativas que possam auxiliar mães e professores, particularmente, na situação de crise convulsiva. A amostra deste estudo constituiu-se de mães e professores de 10 crianças portadoras de epilepsia, de ambos os sexos, na faixa etária de 7 a 14 anos de idade, selecionadas aleatoriamente entre aquelas que atendiam os seguintes critérios: ,1 - deveriam estar matriculadas e freqüentando escola comum ou especial; ,2 - deveriam residir no município em estudo; ,3 - deveriam estar sendo tratadas e com seguimento no referido ambulatório de especialidades. Como meio para a coleta de dados com mães e professores, utilizamos a entrevista. Para a obtenção de dados familiares, os contatos foram mantidos no domicílio, através de visitas da pesquisadora. As entrevistas com os professores foram realizadas em visitas às escolas onde as crianças estudavam. Os dados obtidos possibilitaram encontrar uma freqüência elevada de problemas e necessidades de aprendizagem e sobretudo revelaram a ansiedade e a vontade das mães e professores de querer ultrapassar as limitações e habilitarem-se a desenvolver técnicas corretas em benefício da criança portadora de epilepsia. Pode-se concluir que os resultados do presente estudo tendem a fornecer propostas e sugestões para a melhoria da qualidade de assistência que vêm sendo dispensada à população epiléptica na idade escolar.

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