Ocorrência de quedas de pessoas idosas da comunidade pós pandemia
Por Luiza Herminia Gallo (Autor), Ramon Jacopetti Pszedimirski (Autor), Leandro Macedo Rosa (Autor), Izabela Rega Ferreira (Autor), Mario Roberto Contreras Órdenes (Autor), Eduardo Sebastian Riveros Villagran (Autor), Rolando Zuleta Alfaro (Autor), Danilla Icassatti Corazza (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
O isolamento social foi a principal forma de prevenção adotada durante a pandemia por COVID-19. Como consequência, a interrupção das atividades físicas e sociais potencializaram os índices de sedentarismo, fragilidade e má-nutrição, bem como elevaram os níveis de sintomas depressivos e ansiedade da população idosa, fatores relacionados ao risco de quedas. OBJETIVO: Avaliar a ocorrência, número e risco de quedas de mulheres idosas, pós pandemia por Covid-19. MÉTODOS: Foram incluídas 25 mulheres idosas (69,5±5,6 anos; 28,2±3,8 kg/m2 ), fisicamente independentes, participantes de grupos de convivência, da cidade de Ponta Grossa-PR. Um questionário foi elaborado para investigar a ocorrência, o número e o local de quedas nos últimos 12 meses. Avaliações físicas e funcionais relacionadas ao risco de quedas foram realizadas como o Timed up and go test (TUG); velocidade da marcha auto selecionada (VM), em 4 metros; teste de força e potência muscular de sentar e levantar da cadeira cinco vezes (TSL). Para complementar as análises, foi estimado o percentual de massa muscular corporal, por meio da plataforma tecnológica MetaV, que utiliza cinco medidas de perimetria corporal (pescoço, braço, cintura, quadril e perna) para avaliar a composição corporal e perfil metabólico. As avaliações foram realizadas em 2022, ano em que as atividades foram retomadas presencialmente nos grupos de convivência. RESULTADOS: Embora os valores do TUG: 7,3±1,3s; VM: 1,1±0,2m/s; e TSL: 10± 2,9s estivessem dentro dos valores de referência de acordo com o sexo e idade (TUG: < 12,47s; VM: ≥ 0,8 m/s; TSL: < 11,4s), não representando risco de quedas, 44% da amostra caiu no último ano. A prevalência de quedas foi acima da média nacional e internacional que varia de 28 à 30%. Dentre as pessoas idosas caidoras, 16% foram caidoras recorrentes, ou seja, aquelas que tiveram mais de uma queda no ano e 81,8% das quedas ocorreram em ambiente externo à casa. O percentual de massa muscular ficou em 29,1%, valores considerados abaixo dos estimados como adequados pela plataforma MetaV (38%). CONCLUSÃO: Foi encontrada elevada taxa de quedas entre as participantes, apesar dos resultados físicos e funcionais relacionados às quedas estarem adequados. Acredita-se que as quedas possam estar relacionadas à baixa massa muscular estimada, além de outros fatores não investigados no presente estudo como cognição, polifarmácia e fatores extrínsecos.